Com investimentos superiores a R$1,6 milhão, a Watts Mobilidade Elétrica prevê expandir as operações ao Polo Industrial de Manaus (PIM) até o segundo trimestre de 2022 para produzir patinetes, bicicletas e motonetas, todos elétricos. O projeto industrial foi aprovado na última reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), em dezembro.
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Segundo o sócio-fundador da Watts Mobilidade Elétrica, Rodrigo Gomes, os trabalhos para a instalação da fábrica em Manaus seguem em ritmo acelerado com o objetivo de iniciar a produção em junho do próximo ano. Porém, o empresário ressalta que a programação poderá sofrer alterações por questões que independem da empresa. A fabricante ainda depende de liberação de licenças municipais para operar.
Gomes afirma que a empresa chega ao PIM com a proposta de trazer desenvolvimento à região por meio da tecnologia e fortalecimento da mobilidade elétrica nacional, segmento com demanda crescente no país.
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“Nossa proposta é ser a primeira montadora de veículos 100% elétricos do Brasil, trazendo o desenvolvimento para a região, tecnologia de ponta e com isso ganhando mais qualidade, escala e consequentemente sermos mais competitivos no mercado para oferecer ao nosso cliente as melhores opções de mobilidade elétrica”, comentou.
A empresa tem em seu portfólio quatro modelos de bicicletas elétricas, um modelo de skate elétrico, seis modelos de patinetes elétricos, e também produzirá no PIM o novo modelo da moto elétrica E-125. O novo veículo tem como característica velocidade final de até 100 km/h e autonomia de até 150 km, ao custo estimado de R$2,50 de energia.
Crise dos componentes e entraves ao setor
De acordo com Gomes, a crise global de componentes eletrônicos afeta a Watts assim como impacta na produção da maior parte das fabricantes do segmento. Para garantir a produção, ele relata que a indústria trabalha com antecipação de pedidos dos insumos com o intuito de minimizar o risco de falta de abastecimento e seguir com cronograma em dia.
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Para o empresário, além dos obstáculos enfrentados decorrentes da falta de insumos, o segmento da mobilidade elétrica ainda precisa vencer entraves, fatores dependentes do cenário político nacional.
O empresário cita como principais problemas à consolidação do setor: tributação elevada; falta de estrutura nas cidades, como ciclovias; falta de fornecedores locais; atualização da legislação.
Contratações
A empresa pretende iniciar processos admissionais para contratação de mão de obra em abril do próximo ano.
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