reunião agendada para amanhã (19), de manhã, nas fábricas da Samsung e na Moto Honda da Amazônia, será extremamente tensa. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Valdemir Santana e os ‘diretores importados’ das duas empresas estarão frente à frente para discutir o regime de trabalho semiescravo, com trabalhadores mal pagos e a ‘pilhagem’ de parte do 13º salários dos trabalhadores da Honda.
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As duas são as que mais faturam no Polo Industrial de Manaus (PIM).
O presidente dos Metalúrgicos disse que a reunião será com os ‘mandas-chuvas’ do RH e que desta reunião vai sair a decisão de paralização das duas fábricas ou não. “Vai depender deles”, sentencia Valdemir.
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Samsung
No caso da Samsung, o sindicalista vai exigir que o RH da empresa regularize o horário de trabalho. “Não vamos permitir que as linhas de produção operem 05 Horas, ininterruptas, sem se alimentar”. Além de outras irregularidades, já faladas neste portal, entre elas, a exploração da mão-de-obra barata, terceirizada, sem atendimento médico de qualidade, que é um direito dos trabalhadores, previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e outras irregularidades.
Valdemir qualifica a direção destas fábricas como promotores da semiescravidão no Amazonas, que obrigam trabalhadores aos movimentos repetitivos por até 10 horas/dia nas linhas de montagem, o que tem levado muitos deles para os consultórios de laudos médicos de origem suspeita e não permitem fiscalização em hipótese nenhuma, nem as que deveriam serem feitas pelas autoridades.
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Moto Honda
No caso da Moto Honda da Amazônia, eles terão que pagar o 13º integral, referente a 2020. A empresa tem o alto faturamento de R$ 20 bilhões/ano e a dois anos deixou de pagar o 13º salário integral aos seus funcionários.
Ou seja, ela reduziu os cálculos do décimo a 10 meses/ano, com 20% de desconto. “A Honda vem ‘surrupiando’ o dinheiro dos trabalhadores para aumentar o seu lucro”, denuncia Valdemir.
É neste clima que serão feitas as duas reuniões amanhã (19), em horários distintos, uma em cada empresa com o objetivo de lavar a roupa suja deixada pelas duas maiores fábricas do Distrito Industrial, no Amazonas. “Estamos dispostos a sair de lá com a decisão formada. Se cumprirem a CCT, tudo bem. Se não, na segunda feira as duas empresas vão parar”, finaliza Valdemir Santana.
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