O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta semana que o programa de emprego para jovens terá uma bolsa de R$ 600, e o seu custo será dividido entre governo e empresas, em contratos de duração de um ano.
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Segundo Guedes, o governo vai pagar R$ 300 e as empresas vão pagar R$ 300. As empresas pagarão para dar curso de qualificação de mão de obra, sendo um treinamento para o mercado de trabalho no próprio emprego. Segundo o ministro, já existem empresas em contato com o governo para conhecer melhor a proposta de treinamento de mão de obra.
O Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e o Bônus de Inclusão de Qualificação (BIQ) já haviam sido anunciados pelo ministro, e a demora para o lançamento foi justificada por uma questão de encontrar recursos para honrar um ano de contrato.
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Ele afirmou: “Nós temos recurso para este ano, mas em vez de lançar um contrato de seis meses, nós estamos tentando arrumar já a ponte para o ano que vem, para poder ser um contrato de um ano pelo menos. O jovem fica coberto por pelo menos um ano neste programa de treinamento. Treinamento com trabalho. Isso deve ser lançado também brevemente”.
Em resumo, o BIP está relacionado com a parte que necessita que o governo encontre os recursos para bancá-la, e o BIQ é a parcela a ser paga pelas empresas.
Interesse das empresas
O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, informou que empresas que já possuem programas de qualificação estão procurando o governo, mas não foi abordado diretamente nenhum aspecto do BIP, que ainda é discutido em âmbito de governo.
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De acordo com o secretário: “Muitas empresas nos procuram porque têm programas de qualificação e querem participar de uma qualificação de pessoas que vivem hoje à margem do mercado formal de trabalho”.
Qualificação e produtividade
O pesquisador do FGV IBRE, Rodolpho Tobler, avalia que a taxa de desemprenho de jovens no Brasil é mais alta do que a de pessoas de média idade, mas a efetividade do programa dependerá de como será realizada a qualificação.
Ele argumenta: “A gente pode usar esse programa para remediar ou prevenir. Pode usar o programa só para diminuir a taxa de desemprego desses jovens. Vai ser positivo, mas no longo prazo não vai ter um efeito tão grande. Dependendo do desenho do programa, ele pode não só remediar o problema de agora, como já pode estimular a produtividade no longo prazo”.
Emprego e Benefício Emergencial
O ministro deu os detalhes do novo programa para os jovens durante o anúncio dos resultados de abril do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foi apresentado um saldo positivo de 120.935 de vagas de emprego no mês passado, com 1.381.767 de admissões e 1.260.832 de desligamentos.
Estes números foram também influenciados pelo programa do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), que permite redução de jornada e salário ou suspensão do contrato, com posterior estabilidade do trabalhador e que foi reeditado este ano.
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