A Ford voltou a contratar trabalhadores. Mas calma. Nós não estamos falando que a empresa vai seguir no Brasil. O plano de sair do país segue firme e forte. Agora, eles querem que os trabalhadores voltem para a produção de peças de reposição.
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É que mesmo que as fábricas de produção de carros deixem de funcionar no país, eles ainda seguirão vendendo por aqui. Além disso, como muitos brasileiros possuem carros da Ford, eles eventualmente podem precisar dessas peças de reposição.
A grande questão em toda essa história é que os trabalhadores não querem voltar. Pelo menos é isso o que os Sindicatos dos Metalúrgicos estão afirmando. Em entrevistas, representantes destas entidades afirmam que os trabalhadores não irão retornar aos trabalhos.
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Eles dizem que isso só vai acontecer quando a Ford “sentar e conversar com a classe trabalhista”. Os sindicatos estão pedindo que se realize um acordo entre os trabalhadores e a empresa para este processo de saída do Brasil.
Em protestos, os trabalhadores afirmam que já existe um acordo para garantir a estabilidade dessa classe trabalhista até dezembro deste ano. Mas é provável que a Ford não queira manter esse acordo neste momento.
Demissões na Ford
Em nota, a Ford diz que está em contato com os trabalhadores das três empresas que tinha no Brasil. A de Taubaté, em São Paulo, a de Camaçari, na Bahia e a de Horizonte, no Ceará. A empresa prometeu um novo acordo até o meio de fevereiro.
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De acordo com a própria montadora, a sua saída do Brasil deve impactar cerca de 5 mil empregos no Brasil e na Argentina. Mas esse número tende a ser bem maior. De acordo com o Departamento Sindical de Estatística de Estudos Econômicos (DIEESE), as demissões vão atingir cerca de 118 mil pessoas.